por Zé Roberto Padilha
Segundo seu maior ídolo, Edu, existem três tons de vermelho: o claro, o escuro e o da camisa americana.
E como ela está fazendo falta nos gramados.
Como o América FC, uma equipe símbolo do futebol-arte, de Tadeu Ricci, Bráulio, Ivo, Álvaro, Eduzinho, Jeremias, Gilson Nunes, que não resistiu a frieza e a insensibilidade do futebol-força.
Que ocupou o peito dos seus craques com patrocinadores, que passaram a ser beijados, cultuados, enquanto o escudo, o amor à camisa, foram se perdendo pelo caminho.
Mesmo tricolor, não deixava de admirar a beleza que era o encontro daquela camisa vermelha contrastando com o verde do gramado. O toque de bola era diferente. Sua torcida era como o romantismo.
Não dá para explicar aos que não o viram jogar. Só atravessando o salão, sob os acordes da Orquestra Tabajara e tirar a moça pra dançar. Colar o rosto e acordar.
O América FC, e o romantismo, seus acordes, suas flores e cores, seu fascínio e pureza, saíram de cena.
Azar da cena!
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