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ANO DE GLÓRIAS

12 / dezembro / 2023

por Marcos Eduardo Neves

Com juros e correção monetária, o Fluminense devolveu ao Flamengo o que sofreu por causa dele em 1996. Há 27 anos, o Rubro-Negro abriu as pernas para o Bahia só para ver o Tricolor cair. Quatro anos antes, vale dizer, o Vasco não deu ouvidos à sua torcida, que clamava para seu time perder em São Januário para o São Paulo, o que impediria o Rubro-Negro de chegar à decisão do Brasileiro. Fizeram 3 a 0, para indignação cruzmaltina. No fim, Mengão penta, superando o até então favorito Botafogo na final.

Desta vez a história foi outra. O Tricolor lacrou o Flamengo de todas as formas. Ganhou Guanabara e Carioca sobre o rival. Tomou da Gávea a Libertadores e, fosse pouco, mesmo de ressaca após conquistar a América, roubou do rival dois pontos cruciais na partida seguinte à goleada que a equipe de Tite meteu no Palmeiras. Por fim, exterminou o sonho vermelho e preto na penúltima rodada, ao se deixar perder para o Alviverde, agora oficialmente campeão, com direito a jogar parte do jogo com um a menos.

Em suma, cinco strikes. Algo que só vi em 1995. Naquele ano, o Tricolor empatou sem gols na badalada estreia de Romário, melhor jogador do mundo, pelo Flamengo. Em seguida, fez 3 a 1, 4 a 3 e, com um 3 a 2 histórico, com direito a dois gols de Renato Gaúcho, sendo o último de barriga, destruiu o sonho rubro-negro de ser campeão no seu centenário. Renato, então, foi além. Vestiu por alguns minutos a camisa do Grêmio e, semanas após a barrigada, amassou o Flamengo ao colocar a bola na cabeça de Jardel, em nova derrota urubu.

Hoje a equipe viaja para disputar o Mundial. Bela chance de se igualar ao Flamengo, trazendo, após 42 anos, a mais cobiçada taça clubística de volta à Cidade Maravilhosa. Recentemente, tive o privilégio de parabenizar amigos que defendem o Fluzão e conhecer de perto outros atuais campeões da América. De quebra, presenteei com autógrafos a camisa que meu filho vai emoldurar.

Boa sorte, Fluzão! Parabéns pelo ano brilhante e que mostre sua força agora no mundo árabe. Acima das rivalidades, admiro as glórias e os sofrimentos que só mesmo a maior paixão do planeta, o futebol, oferece a seus fãs. Fãs como eu, que sabem diferenciar adversários de inimigos.

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