por Zé Roberto Padilha
Comandar a seleção brasileira é quase presidir a nossa república. Cabe a ele uma grande responsabilidade para que o população, uma vez com a autoestima lá pra cima, vá exercer o seu ofício feliz. Vai produzir mais e elevar o nosso PIB.
Fernando Diniz, todos sabiam, pode até ser interino. Só não pode continuar a dirigir um clube de futebol. O fato de continuar a treinar o Fluminense o impede de viajar é conferir de perto o desempenho de cada um dos convocados.
98% deles jogam fora do país e não é possível acompanhar seus desempenhos pela televisão. Para chamar o Rodrygo, Vinicius Jr., ele precisa estar em Madrid e conversar com a comissão técnica do Real Madrid.
Outra coisa: fica pouco à vontade de convocar um goleiro, como o Fábio, porque ele joga no seu time. E, receoso da reação da imprensa esportiva, acaba não fazendo justiça ao melhor goleiro em atividade no país.
O treinador da seleção brasileira precisa se dedicar integralmente aquela que representa a maior paixão do povo brasileiro. Empatar com a Venezuela, com todo o respeito, seria como os quenianos perdessem uma corrida de São Silvestre para um argentino.
Falo antes do jogo contra o Uruguai. Depois que começarmos a fazer conta para nos classificarmos para a próxima Copa, vocês me cobram.
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