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AINDA BEM QUE NÓS TEMOS O MARCÃO

23 / julho / 2021

por Zé Roberto Padilha


Em meio a insanidade dos nossos dirigentes, que vivem a trocar treinadores para desviar o foco de suas incoerências administrativas, e levam um grupo construído na pré-temporada a se desmanchar pelas sucessivas competições devido ao desconhecimento dos que assumem o leme de um barco sem um manual de instruções, para sorte do Fluminense existe o Marcão.

Foi ele, como treinador interino, em meio a saída de Odair Hellman, que montou o barco e a chegada de quem passou a dirigi-lo (Roger Machado), sendo capaz de manter o equilíbrio entre a velha e a jovem guarda.

E não perder o entrosamento, este fundamental quesito de um grupo que não está à venda mesmo com a abertura de todas as janelas.

Foi ele que bancou a permanência do Nenê, Fred, Egídio, ao mesmo tempo que renovava os votos de confiança nos meninos de Xerém.

Sem ele, com sua humildade, sensatez e amor ao clube, dificilmente o Fluminense alcançaria a solidez tática que, hoje, o credencia para disputar o título tão almejado da Libertadores da América.

Já ao Botafogo, que se arrasta desentrosado e amargando maus resultados, faltou um Marcão na sua transição. Do elenco que disputou o estadual, apenas três jogadores foram mantidos para a disputa da Série B.

Isto é, jogou-se no lixo uma boa equipe e foi buscar cacos de outras quando os que chegaram pela porta da frente, como solução, não conversaram com os que saíram pela outra dos fundos.

Uma comissão técnica que não tem um governo de transição, muito menos um Marcão, transforma jogos decisivos em testes, e a bola, vocês sabem, não perdoa, pune.

Que todos os clubes se mirem no exemplo tricolor. Porque treinadores passam, a história do clube deve ser perpetuada por aqueles que vestiram sua história.

Escolham seus Leônidas, Zé Marios, Titas, Eduzinhos, que honraram seus clubes dentro e fora de campo, deram exemplos de postura e seriedade, e os nomeiem para ocupar essa faixa de gaza.

Um olhar palestino dos refugiados da insensatez dos cartolas, em meio aos conflitos entre os egípcios demitidos e a comissão técnica israelense recém contratada.

A paz, sem protestos, bombas ou muros pichados, será mais duradoura nos clubes de futebol que tiverem seu Marcão de prontidão.

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