por Marcos Eduardo Neves
Despertei com a notícia da morte de Moraes Moreira. Foi encontrado caído no chão sem vida pela empregada que havia chegado para trabalhar e percebeu o gás aberto. Moraes tomava medicamentos para pressão. A grande imprensa fala em infarto fulminante, mas fonte segura me avisou que ele era muito distraído – e era mesmo, isso eu pude constatar!
ACABOU CHORARE para o BRASIL PANDEIRO nesta segunda-feira. BESTA É TU, se não conheces direito a obra de Moraes. O MISTÉRIO DO PLANETA era um dos gênios imortais da MPB. Com ele A MENINA DANÇA, seja ela loira, morena, índia ou PRETA PRETINHA. Os meninos também. Não à toa, PELAS CAPITAIS só se fala disso. LÁ VEM O BRASIL DESCENDO A LADEIRA com mil homenagens a quem, COM QUALQUER DOIS MIL RÉIS, alegrava a plateia sem fazer esforço.
POMBO CORREIO me passou que o mestre do cordel contemporâneo esqueceu a COISA ACESA e a moça da VASSOURINHA ELÉTRICA bateu de frente com a tragédia ao chegar. Não importa. Gosto dele desde que calçava o CHINELO DO MEU AVÔ e a seu lado tive duas passagens mágicas, SINTONIA profunda em ambas. Primeiro, numa entrevista. Depois, no lançamento de um livro meu, faz um ano e meio. Tenho SANTA FÉ que ele agora CHAME GENTE para cumprimentá-lo no Além. Divertidas as próximas baladas no céu.
Aqui na Terra, ficam as SAUDADES DO GALINHO, saudades minhas, saudades nossas desse rubro-negro que soube levar a vida como novo baiano e autêntico carioca. Solto um GRITO DE GUERRA: Agora, como é que eu fico nas tardes de domingo sem a LENDA DO PÉGASO para aplaudir? O CAMINHÃO DA ALEGRIA freou. PAROU POR QUÊ, POR QUE PAROU? Só Deus há de saber. E ISSO AQUI O QUE É? Ainda estou sem resposta.
Eis aqui o meu respeitoso e apaixonado POEMA DO ADEUS.
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