por Marcos Eduardo Neves
Um dia depois de Zagallo foi-se Franz Beckenbauer. Agora, só resta um único ser humano campeão de Copas do Mundo como jogador e técnico: o nem um pouco genial francês Didier Deschamps.
Zagueiro, líbero ou volante, Beckenbauer, o ‘Kaiser’ – uma espécie de ‘Sir’, caso fosse inglês – foi um dos maiores do futebol. Ganhou a Copa de 1974 e três Champions League por seu Bayern de Munique, inclusive impedindo o título mundial do Cruzeiro em 1976.
Mais tarde, como treinador, faturou a Copa de 1990, na Itália. Aliás, fez História contra os italianos na semifinal de 1970, quando jogou boa parte do jogo, inclusive a prorrogação, com uma tipoia, por ter luxado o ombro.
Presidente do Bayern de Munique por quinze anos, nasceu no dia 11 de setembro, sim, mas para implodir torres gêmeas adversárias em qualquer parte do campo. Veio ao mundo em 1945, ano do fim da Grande Guerra, para promover a paz nos gramados do planeta. Aos 78 anos, despediu-se hoje da existência terrena para se tornar o que nunca deixou de ser desde que começou a desfilar seu talento pelos tapetes verdes: uma lenda do esporte.
Com pesar o mundo dá adeus a esse deus da bola. Já se foram Pelé, Garrincha, Puskas, Nilton Santos, Didi, Carlos Alberto Torres, Maradona, Cruijff, Roberto Dinamite, Zagallo e tantos outros, que às vezes me dá até aflição: quem será a próxima vítima?
Só sei que essa novela eu dispenso, não vejo e nem quero saber. O problema é que sempre acabam me dizendo o final.
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