por Val Zeca
A se não fosse os campos
de lama, as bolas de meia
que rolavam num chão sem grama chutando pedras e o asfalto
com os pés descalços, despidos
e descamisados e um sonho de ser Garrincha ou Pelé sem lápis nem caderno só a alegria
De canetas, carretilhas
E lambretas não tinha medo
Nem receio de caras feias
caretas e músculos
Podiam fazer fila que fintávamos
até maus pensamentos, fome,
Tristeza até mesmo a desilusão.
Os choros de alegria eram
com golaços e bolas na trave
da imaginação sem impedimento,
sem árbitro, juiz ou julgamento
O que valia era aquele momento
Onde tudo valia na disputa da bola
De três dedos, trivela ou de sola
Assim era famoso ranca toco
rua dos abandonados contra
rua dos excluídos O pau quebrava,
O coro comia só não valia xingar a mãe por que as vezes nem tinham
Ali se estreitava os laços,
se fazia amigos e muitas Amizades Mesmo sem nunca ter ganhado um jogo.
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