:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::
Há anos não tinha notícias de Dudu, com quem dividi o meio-campo do Vasco com Pintinho e Guina. Dudu Dentão, figura doce e um jogadorzaço, alternava o jogo com uma facilidade tremenda e tinha um chute certeiro de fora da área. Depois foi para Portugal e virou ídolo do Belenenses.
Me colocaram na linha com ele e lembramos nossos bons tempos, rimos e nos emocionamos. Falei com Dudu na sexta-feira, antes de começar a rodada do Brasileirão. Quando perguntei se tem acompanhado os jogos resumiu: ‘Tá ruim de ver’.
E está mesmo. Difícil encontrar um jogador como Dudu no futebol atual. Tinha problemas com o peso, engordava fácil, mas, hoje, mesmo gordinho, teria vaga em qualquer time brasileiro.
Fui assistir Fluminense x Chapecoense levado por um amigo. Seria amigo mesmo, Kkkkk!!! Que coisa feia! Marcão não está aproveitando a chance. Na verdade, os “novos” treinadores não estão se atualizando, não trazem qualquer novidade, não ousam.
Vamos ver como Zé Ricardo se sairá no Inter. Ganhou de 3×2 do Bahia, mas já deve ser o seu terceiro clube nesse ano. Dessa vez foi levado pelo amigo Rodrigo Caetano, gerente de futebol do Inter. Como dizia minha avó, quem tem padrinho não morre pagão.
Mas o que importa é que os astros continuam atormentando a vida dos retranqueiros e abençoando os que pregam um futebol ofensivo. Fernando Diniz ganhou mais uma e para frustração dos “especialistas das bancadas” Sampaoli continua no alto da tabela. Rogério Ceni, mesmo fora de casa, não se intimidou com o Cruzeiro, de Abelão. O goleiro Diego Alves mais uma vez salvou o Flamengo e o Palmeiras, de Mano, aos trancos e barrancos, VAR para lá, VAR para cá, venceu do Avaí.
Por falar em VAR, ele foi para lá de polêmico no jogo do Vasco. Tudo bem que o Raul não pode tentar um lençol na entrada da área, afinal ele não é um Dudu, Kkkk!!! Mas aí entra o pessoal da cabine mostrando que a marcação do lance é feita em 3D, Linha Vermelha, Linha Amarela, Kkkk, só falta ter tiroteio também, Kkkk!!! Gosto do Luxemburgo, mas insisto que precisa treinar os fundamentos da equipe.
“E seu Fogão, hein PC?”, me provocou o rapaz do quiosque onde sempre troco ideias com Fagner, Paulinho Pereira, Guinga e Armando Kfuri. Para dizer a verdade nem vi e só depois soube do massacre. Não falo nem sobre futebol, qualidade, mas esse time precisa fugir do marasmo, ter alma, alegria.
Entendem porque sinto saudade quando relembro de um Dudu? Quem viu, sabe. Dudu Dentão, obrigado por me lembrar desses dias felizes. Dividir um meio-campo com você foi um orgulho. Hoje reverenciam-se os medíocres, batem palma para maluco e, com tinturas de cabelo e tatuagens, criam-se falsos ídolos, mas quem preza pelo controle de qualidade, e conviveu com a simplicidade de um Dudu, nunca será iludido por essa máquina de criar falsos ídolos que virou o nosso futebol.
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