Escolha uma Página
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

A MARCA DA REVOLUÇÃO DO CONTEXTO SUPERVISIONAL FUTEBOLÍSTICO

18 / abril / 2023

por Reinaldo Sá

Pensando rapidamente me lembro de alguns supervisores que marcaram o futebol, especialmente o carioca. Para mim, Roberto Seabra, que passou por alguns clubes, entre eles Fla, Flu e América, revolucionou esse cargo e, sem dúvida, valorizou e deu credibilidade a essa função. Hoje, a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) evolui e já atua em alguns clubes brasileiros, sendo dois cariocas, Vasco e Botafogo. O cargo de supervisor resiste e também já foi chamado de gestor, manager e outras nomenclaturas menos cotadas. Mas ter um supervisor dava grife e muitos ficaram famosos.

Quem não se lembra do Catuca, da época de ouro do Bangu? E do folclórico Domingos Bosco, do Flamengo, que criava factóides para desviar a atenção dos jornalistas quando o time perdia? Era queridíssimo e ganhou espaço com a FAF, bem antes da SAF, Frente Ampla do Flamengo, capitaneada pelo vice Walter Clark, Márcio Braga e outros que deleitaram aos cantos do Galo de Quintino a cada triunfo conquistado no templo do futebol.

A principal função de um supervisor é intermediar questões entre jogadores e diretoria, mas alguns vão além.

Paulo Alvarenga substituiu Domingos Bosco e seguiu à risca de estar sempre observando as categorias de base. O vice-presidente do Vasco para estar bem cercado contratou Paulo Angioni e promoveu Isaias Tinoco, que era o responsável pelas categorias de base.

Em uma época árida, seca, o bicampeão mundial Nilton Santos levou a sua Enciclopédia e categoria para gerir em Marechal Hermes um Botafogo que buscava o brilho de outrora, ofuscado pela falta de títulos e a constante insegurança salarial, que era normalmente coberta por apaixonados torcedores, como Agnaldo Timóteo, Luizinho Drummond e Emil Pinheiro, que trouxe o brilho de uma conquista estadual depois de duas décadas em cima do Flamengo, com o gol do Maurício.

Mas Roberto Seabra é o meu preferido. Surge como supervisor na gestão de Lúcio Lacombe, em 1982 , com o objetivo de resgatar um América perdido no tempo. E foi buscar jogadores sem oportunidade, tais como o goleiro Gasperin, Chiquinho, Duilio, Airton, Pires, Gilberto, Elói, Lúcio, Gilson Gênio e a estrela rubra Luizinho Lemos. O resultado foi rápido! O entrosamento criado ainda na antiga sede da Rua Campos Salles e no Estádio Wolnei Braune, em Vila Isabel, fez desse revolucionário supervisor um ápice de sucesso que levou ao interesse do Fluminense e do Flamengo. Seabra era mais que um supervisor, era um gestor, era de tudo um pouco. Isso quando se nem sonhava com o futebol empresa. Roberto Seabra foi o ponto de apoio de passagem do futebol amador para uma gestão profissional. Máximo respeito por esse cargo!

TAGS:

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *