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A MAGIA DO FLA-FLU

12 / março / 2025

por Marcos Vinicius Cabral

Pode ser que o Gre-Nal seja o clássico de maior rivalidade no futebol brasileiro. Talvez o Ba-Vi, o mais apimentado. Grandes são as chances do clássico mineiro entre Atlético e Cruzeiro arrastar multidões aos estádios e o Derby Paulista mexer com as emoções afloradas de torcedores apaixonados. Pode ser.

A única confirmação que tenho, desculpem-me os paulistas, os mineiros, os gaúchos e os baianos, é que nada se compara ao Fla-Flu. Incomparável a ponto de Nelson Rodrigues (1912-1980) dizer que o confronto “surgiu quarenta minutos antes do nada.”

Fla-Flu de sonhos e pesadelos. De paixão e ódio. De heróis improváveis e de gols inesquecíveis. Fla-Flu foi, é, e sempre será o maior clássico do futebol brasileiro.

Fla-Flu que, naquele domingo, 7 de julho de 1912, na Rua Guanabara, nas Laranjeiras, deu início ao que chamamos de “rivalidade” e que vai completar 113 anos neste 2025.

Fla-Flu de jogos históricos. De craques como Carlos Alberto Torres, Edinho, Rivellino e Paulo Cézar Caju, lá. De Leandro, Junior, Andrade e Tita, cá.

E cá entre nós: Fla-Flu dos ídolos, dos mais conhecidos aos menos falados.

Fla-Flu de Zico, maior artilheiro da história do clássico em competições oficiais, com 14 gols marcados entre 1974 e 1989. De Hércules pelo Tricolor, que fez 14, ou do inglês Henry Welfare (1888-1966), o estrangeiro com mais gols no duelo: sete!

Fla-Flu, ah, Fla-Flu… mil vezes Fla-Flus! Jogo que me fez chorar em dezembro de 1989, quando Zico – sempre ele! – no Estádio Municipal de Juiz de Fora, pelo Campeonato Brasileiro, mandou na gaveta de Ricardo Pinto naquele 5 a 0.

E me fez sorrir, três anos antes. Era estreia de Sócrates pelo Flamengo, e Zico ouvia a torcida tricolor gritar “Bichado!, Bichado!, Bichado!”, na arquibancada do Maracanã. O resultado foi um hat-trick do Galinho. Bebeto fechou a goleada. O Magrão sorriu também.

Seria preciso um texto inteiro para citar todos os Fla-Flus inesquecíveis na minha vida. Nele, lágrimas de alegria como no gol de Leandro marcado aos 45 minutos, em 85. E no Fla-Flu do final do Carioca, em 91, aula de Junior. Mas teve lágrimas de tristeza, pelos gols de Assis em 83 e 84.

Mas seria necessário escrever tanto para tanta gente boa de bola. Escrever sobre os Adrianos, Assis, Castilhos, Didas, Ézios, Gersons, Pinheiros, Renatos Gaúchos, Romários, Zagallos e demais craques que ajudaram a escrever essa história.

Fla-Flu da Máquina Tricolor de um lado, que dominou o futebol carioca na década de 1970. Do outro, o Fla-Flu de Zico e companhia que levaram o Mais Querido ao topo do mundo, em 1981.

Fla-Flu que não faltaram confrontos memoráveis. Um deles é o mítico Fla-Flu da Lagoa de 41. Outro é o inesquecível gol de barriga de Renato Gaúcho no centenário do Flamengo. Um mais recente que me veio à mente é o da intervenção do “Sobrenatural de Almeida” no pênalti cobrado por Cássio na final da Taça Guanabara de 2001.

A história do clássico continua a ser escrita, ano a ano, em uma rivalidade mais que centenária, que começou 40 minutos antes do nada.

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1 Comentário

  1. Jorge Fernando Faria

    Fla x Flu sempre será o clássico de milhões. Muitos jogos se realizaram, uns favoráveis ao Flamengo e outros ao tricolor. Sempre será um clássico difícil de se prever resultado.

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