por Paulo-Roberto Andel
Numa das partidas mais espetaculares dos últimos anos no Brasil, o Palmeiras conquistou uma virada antológica sobre o Botafogo no Estádio Nilton Santos, pelo placar de 4 a 3.
No primeiro tempo o Botafogo foi absoluto em campo, fez golaços e poderia ter feito um placar ainda maior do que os 3 a 0, mas na volta o Palmeiras deu um verdadeiro show e conquistou a virada, liderado por um garoto de 17 anos que pode ser o novo xodó do nosso futebol: Endrick.
O resultado incendiou a briga pelo Brasileirão e fez lembrar de outras grandes jornadas do futebol brasileiro, como a decisão da Mercosul 2000, na grande virada de 4 a 3 do Vasco sobre o próprio Palmeiras, bem como outras partidas que alimentam o imaginário esportivo dos anos 1960 e 1970.
É muito cedo para cravar o tamanho que Endrick terá no futebol brasileiro, mas o que se espera está à altura do nosso melhor futebol. O menino joga uma bola redonda, limpa, provocante.
O nosso jogo de bola ainda pode oferecer surpresas maravilhosas como a deste Botafogo x Palmeiras. Quando parece que tudo está perdido no futebol brasileiro, vem um jogo assim para nos mostrar do que já fomos e ainda somos capazes. Um ponto fora da curva no marasmo de retrancas enfadonhas que temos vivido. Jogadas, passes, grandes gols, ofensividade e surpresa.
Os mais jovens podem até estranhar, mas esse clássico do Nilton Santos é uma amostra do que já foi muito comum nos campeonatos que subsidiaram o melhor da nossa história futebolística, especialmente entre os anos 1950 e 1970. Não por coincidência, das seis Copas do Mundo disputadas neste período, o Brasil esteve em quatro finais e ganhou três.
@pauloandel
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