por Luis Filipe Chateaubriand
A primeira vez que me dei conta de como as bandeiras em estádios davam um colorido todo especial à festa do futebol foi em 1978, na final da Copa do Mundo daquele ano.
Com a Argentina na final, o estádio Monumental de Nunes foi tomado por bandeiras, bandeirões e bandeirinhas, sempre em azul e branco, as cores dos Hermanos. Aquele emaranhado de bandeiras se agitando para todos os lados foi uma cena linda!
No ano de 1980, sendo disputada a final do Campeonato Paulista de 1979 entre Corínthians e Ponte Preta, o Morumbi também foi invadido por bandeiras de todos os tipos, desta vez em preto e branco. Cena igualmente linda!
A partir de então, um dos aspectos que mais me seduzia em um jogo de futebol era tentar identificar bandeiras.
Ao ir aos estádios, ficava admirando as bandeiras serem agitadas, fossem do clube para o qual estava torcendo, fossem do clube adversário.
Na televisão, ficava procurando, no fundo da tela, onde estavam as bandeiras, de que cores eram, quais eram seus tamanhos, o que estava desenhado, o que estava escrito.
Com o passar dos tempos, as bandeiras foram desaparecendo das arenas. Em muitas situações, foram até proibidas – argumentava-se que poderiam ser usadas como paus, em conflitos de torcidas adversárias.
O desaparecimento das bandeiras tirou do futebol bastante de sua graça. Onde se viam, nas dependências dos estádios, cores em movimento, agora se vê tão somente a frieza de pessoas sentadas.
Será que, algum dia, veremos novamente as bandeiras no futebol? Tomara que assim seja, pois, assim, parte da graça do jogo será recuperada.
Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!
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