por Zé Roberto Padilha
Foram por detalhes, não por extrema qualidade, que nossos clubes perderam as últimas finais do mundial de clubes. O Grêmio, de Renato Gaúcho, perdeu de 1×0 para o “poderoso” Real Madrid, com Cristiano Ronaldo.
Depois foi o Flamengo que deixou escapar o título para o “asssombroso” Liverpool, também por 1×0. Gol do Firmino. E, finalmente, o Chelsea, então sensação inglesa, venceu o Palmeiras por 2×1 com um gol de pênalti no fim da partida.
O fato de terem recursos para comprar os melhores do mundo perde sua relevância quando os melhores do mundo não podem usar sua criatividade porque a escola europeia, Pep Guardiola à frente, impõe a prática dos dois toques.
Anteontem, preguiçosos e previsíveis, só um jogador do Manchester deu uma arrancada em direção ao gol. E era um brasileiro. Deve ter sido chamado num canto e levado uma bronca para se enquadrar.
Dois pra cá, dois pra lá, e assim vão cozinhando adversários, minando a audiência e tirando dos seus talentosos jogadores o direito ao drible. A permissão para criar algo que encante os amantes do futebol.
Deu vontade de desligar a televisão e assistir o segundo tempo de uma pelada no Aterro do Flamengo.
Amanhã, Keno, Arias, Marcelo. André, John Kennedy, Ganso e companhia vão ter a oportunidade de devolver ao mundo o encanto que o futebol brasileiro provocou em 1958.
Se eles esqueceram o futebol-arte que Pelé, Didi, Garrincha apresentaram na Suécia, está na hora de lembrar a todos quem pratica o melhor futebol do mundo.
Se há muito não ganhamos uma Copa do Mundo, é bom lembrar que compraram nossos Gabriel Jesus, Coutinhos, Casemiros entre tantos, cheios de recursos e colocaram algemas que nem Tite ou Scolari conseguiram desatar.
Endrick, nossa última matéria-prima, será a próxima vítima.
Nosso país precisa, e muito, que o Fluminense não apenas nos traga o título de campeão mundial de clubes. Mas que dê uma exibição à altura da nossa história de maior vencedor de Copas do Mundo.
Con ordo enamente com vc.
Ós só ganhamos dos europeus se jogarmos do nosso jeito, jogando como eles com aquele burocratico e chato jogo de toque para um lado toque para o outro ladonão camos a lugar nenhum.