por Elso Venâncio
Neymar decidiu que no ano que vem voltará ao futebol brasileiro. Hoje, de um modo geral, o jogador tem um enorme peso para definir o clube pelo qual vai atuar.
Após a séria contusão que o fez romper o ligamento e o menisco do joelho esquerdo, o craque perderá a Copa América, mas a previsão é que retorne aos campos entre agosto e setembro, defendendo o Al-Hilal do técnico português Jorge Jesus. Neymar Pai vai tentar junto ao ‘Clube dos Príncipes’ o empréstimo do atacante por uma temporada, com o objetivo de reaproximá-lo da torcida brasileira e, consequentemente, da seleção brasileira, visando garantir o jogador na Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México.
Voltar ao Santos seria a decisão natural, mas o gigante Flamengo, cujo orçamento chega a R$ 1,5 bi, mexe com o atleta. Dinheiro? Patrocínios? Não, essas questões não seriam obstáculos… Até porque Neymar Jr. é, por si só, uma grande empresa: vale e movimenta milhões de euros. Desperta ciúmes em muita gente, até entre os nossos campeões do mundo, que sabem seu tamanho e até onde pode chegar.
Os críticos de Neymar alegam que ele vive como um ‘pop star’. Que joga mais fora de campo do que nas quatro linhas. Romário, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Maradona, enfim, os maiores, não eram assim? Sim, claro que sim. Com uma única diferença. As redes sociais não existiam. A exposição massiva escraviza as pessoas públicas e sufoca um Ídolo. Neymar impressiona, com os mais de 215 milhões de seguidores. David Brasil, onipresente entre as personalidades, passou a ser uma delas. Léo Pereira, de repente, virou ‘Karolino’, ao namorar Karoline Lima.
O técnico Dorival Júnior teve mérito e coragem em escalar jovens e vai saber encaixar Neymar ao lado de Vini Jr., Endrick e Rodrygo. O polêmico cartola Ricardo Teixeira alcançou títulos expressivos ao saber bem exercer o poder. De cara, avisava ao treinador:
“Renova, porque se perder está mantido. Se for derrotado com veteranos, te demito.”
Bento, Fabrício Bruno, Beraldo, Wendell e João Gomes, chamados pela primeira vez, foram titulares contra a Inglaterra.
Nos últimos anos, Neymar fez o que pôde, na seleção do Tite. A comissão técnica, em seis anos, não renovou as ideias e nem o grupo, carente de craques, carisma e sorte para as conquistas. O desejo de voltar ao país passa pela disposição de se preparar para, enfim, ser protagonista de uma Copa. Não há dúvidas de que, com um título mundial, Neymar seria imediatamente eleito o melhor jogador do mundo, reparando uma das maiores injustiças do futebol.
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