por Luis Filipe Chateaubriand
Desde que debutou para o futebol profissional, começando a explodir redes adversárias, em 1971, Roberto Dinamite contou com brilhantes parceiros de ataque, com quem articulou jogadas memoráveis e inesquecíveis.
Gente como Tostão, Dé Aranha, Ramon, Paulinho Piracicaba, Paulo Cesar Caju, Cesar, Silvinho, Cláudio Adão, Elói, Arthurzinho.
Mas, em 1985, chegaria aquele companheiro de ataque que seria o melhor que o Bob teria em toda sua trajetória no Vasco da Gama… um tal de Romário de Souza Faria!
Inteligentíssimo e extremamente técnico, Romário também era dono de uma velocidade impressionante.
Dentro da área, se posicionava de uma maneira que estava sempre apto para concluir em gol. Fora dela, arrancava como uma Ferrari em direção ao gol, quando acionado.
Como dizia a o recém falecido Juarez Soares, “há atacantes que chegam frente ao gol e este parece diminuir, a frieza de Romário, contudo, faz com que este pareça aumentar”.
Sabia das coisas, o China…
Roberto Dinamite, percebendo o incomensurável potencial do novato, teve atitude extremamente inteligente: passou a jogar mais recuado, atraindo a marcação adversário, metendo passes preciosos, bolas açucaradas, para o garoto fazer pilhas de gols.
Como o próprio Dinamite diz, “a cada três bolas que eu metia para o Romário, duas ele guardava no fundo do gol”.
Mas, às vezes, Bob ainda chegava na frente para fazer os seus gols, além das magníficas cobranças de faltas e de pênaltis.
Em São Januário, quem é rei não perde a majestade.
E assim, Roberto Dinamite e Romário, a dupla Ro Ro, constituíram uma das melhores passagens que o centenário Vasco da Gama presenteou o futebol mundial. Os fãs do futebol bem jogado agradecem!
Luis Filipe Chateaubriand acompanha o futebol há 40 anos e é autor da obra “O Calendário dos 256 Principais Clubes do Futebol Brasileiro”. Email: luisfilipechateaubriand@gmail.com.
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