por Marcos Eduardo Neves
No jogo entre o líder do Brasileirão contra um time da zona do rebaixamento, mais uma vez a lógica foi para o espaço.
A impressão é a seguinte. O Botafogo luta hoje para se manter na zona de classificação para a Libertadores, porque o título está cada vez mais fora da sua pobre realidade bilionária. No fundo, algo normal para quem terminou em quinto lugar no Estadual que só tem quatro clubes grandes.
Se a cada vez mais solitária Estrela vê suas Torres Gêmeas serem atacadas até pelo Pentágono, o Vasco vibra, sua torcida desesperada chora, todos se emocionam por enfim conseguirem, nem que por uma rodada, chegar ao décimo sexto lugar dentre os 20 times que disputam a elite da competição. É como se judeus brasileiros em Israel vissem um avião da FAB sobrevoar a Faixa de Gaza. Será que vai nos salvar ou teremos de seguir em oração em meio a bombardeios de todos os cantos?
A verdade é: o Brasileirão está pegando fogo. Não com o Bota. E o Vasco segue à espera de um milagre. Mas dormir alguns dias longe do inferno vale a pena e muito. Ainda que o diabo siga bem próximo, chamando com os dedinhos os que merecem e fizeram por onde descerem com ele.
Palmeiras, Bragantino, Grêmio, Atlético Mineiro e Flamengo, saibam, o céu está aberto. Quem encara pegar a crista da onda nessa praia?
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