por Wendell Pivetta
Quando acabou o jogo do Palmeiras contra o Tigres, tive clareza de uma coisa: a ansiedade tomou conta. Weverton declarou em entrevista após o jogo que não conseguiu dormir devido ao nervosismo e preocupação, e a ansiedade é um termo geral para vários distúrbios que causam exatamente nervosismo, medo, apreensão e preocupação.
O restante do plantel pode ter sentido mais medo e apreensão, já que não conseguiram render tudo aquilo que se esperava do torcedor. Está aí a palavra-chave, antes do atleta, vem o torcedor. Este sim está com a ansiedade à flor da pele. Nos grupos de futebol cujos os quais eu faço parte, se cria uma apreensão dramática antes, durante e depois de uma partida. Se o atleta não dorme, imagina só o torcedor, que hoje pega aquela “zoeira” do rival, está trabalhando muito mais ou nem está trabalhando devido a pandemia, refém da falta de lazer e com programas jorrando informações sobre o clube do coração.
O torcedor assimila tudo, e cria uma tremenda expectativa em cima do possível campeão, do time em que ele joga suas emoções em cima, e torce pelo momento máximo, o gol. Quando o Internacional venceu o clássico Gre-Nal rumo a liderança do campeonato, me fez ali criar este tema, pois o colorado estava jogando muito bem, e tomou um gol. Os grupos de WhatsApp jorraram críticas e desistência, um estresse grandioso, tensão de travar respiração. A reação acontece, o time empata e ganha, o torcedor respira o alívio e vibra, grita, pula, e desencadeia reações inexplicáveis perante o resultado.
A ansiedade contracena com a raiva, e acaba por ganhar proporções no dia a dia. É perceptível como os jogos nesta tabela reduzida, acontecendo com uma frequência alta para cumprir com a tabela, têm aumentado ainda mais a pulsação do torcedor e também dos atletas, responsáveis por uma nação dentro do campo. Em uma semana estão no céu, e na outra caem no inferno astral deste futebol cada vez mais cobrado. Restam três rodadas para o fim, e muita coisa ainda pode acontecer. Bipolaridade obrigatória na torcida.
Outra emoção que toma conta é o remorso. Esta sensação de que se o time tivesse vencido A ou empatado com B estraçalha o coração do torcedor. É um sentimento onde o amante do futebol acaba se colocando no lugar do atleta e o atleta, aonde se coloca? Eita emoção complicada, pune severamente aquele que buscava mais.
Aqui vai a minha dica: se desprenda da tecnologia. Tarefa difícil, porém nada impossível. Diminuir este consumo trocando por atividade física é cansar o corpo e refrescar a mente. Tecnologia só na hora do jogo. E por favor, pesquise sobre estes temas citados, busque um psicólogo caso você se encaixe nestas condições em extrema agonia, elas são extremamente prejudiciais à saúde.
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