por Mateus Ribeiro
Trezentos. Um número representativo. Tão representativo quanto Cássio na história do Sport Club Corinthians Paulista.
Trezentos. Um número enorme. Gigantesco. Tal qual Cássio. Tanto na sua altura, quanto em sua relevância.
Trezentos. Esse é o número de jogos que o Gigante completou ontem pelo Alvinegro de Parque São Jorge na vitória contra o Atlético-MG. E nós, que torcemos pelo Corinthians, só podemos agradecer e relembrar os bons momentos (que foram inúmeros, por sinal).
Cássio foi contratado no final de 2011, e no ano seguinte, era o terceiro goleiro, atrás dos medonhos Júlio César e Danilo Fernandes. Jogou algumas partidas, mas ainda não havia conquistado a titularidade. Após o titular Júlio falhar de maneira tenebrosa e contribuir para uma vexatória eliminação no Campeonato Paulista, Tite resolveu escolher Cássio para a meta Corintiana.
O primeiro jogo foi uma belíssima de uma fogueira: oitavas de final da Libertadores, fora de casa, contra o Emelec. Cássio fechou o gol. Começou a escrever sua história. História que todos conhecemos…
Passado o sufoco da primeira partida, veio a classificação para as oitavas, e já nas quartas, contra o Vasco da Gama, Cássio viveu um dos maiores momentos de sua carreira: após Alessandro cometer mais uma de suas presepadas, Diego Souza teve mais da metade do campo para escolher como faria o gol que classificaria o Vasco da Gama para as semifinais. Só não contava com Cássio em seu caminho.
Além de salvar a vida de milhões de torcedores espalhados pelo Planeta, Cássio ajudou o Corinthians a se classificar para as semifinais do torneio continental. No primeiro duelo contra o então atual campeão Santos, tão importante quanto o gol de Emerson Sheik foram as defesas do arqueiro, que ali, já havia conquistado um lugar no coração de todos os torcedores. Nunca na minha vida ouvi tanto o mesmo nome. Cada defesa difícil era um alívio e um grito diferente.
O resultado foi uma classificação inédita para a final da Libertadores, após um empate no Pacaembu. E o título, conquistado de maneira incontestável, contra o time mais temido da América do Sul nos últimos vinte anos.
Além do título, a torcida tinha algo mais para comemorar: o surgimento de um ídolo. Ídolo que aumentou sua lista de milagres na conquista do Mundial 2012 contra o Chelsea. Cássio se agigantou, fez defesas absolutamente memoráveis e garantiu mais uma taça para a galeria corintiana.
O restante da historia todo mundo sabe: títulos e mais títulos, todos com as mãos salvadoras de Cássio garantindo a máxima segurança.
E após cinco anos fechando a meta, eis que ontem foi o dia do jogo número 300. Uma marca representativa, ainda mais em uma época onde um jogador mal consegue fazer 50 partidas por qualquer clube brasileiro.
Assim como todo ser humano, Cássio falhou. Foi para o banco. Se recuperou. E hoje é um dos pilares do Corinthians.
Escreveu seu nome ao lado de grandes personalidades do calibre de Rivellino, Marcelinho Carioca, Ronaldo Giovanelli, Tupãzinho, Neto, Basílio, Gylmar dos Santos Neves, Zé Maria, Wladimir, e tantos outros monstros gigantescos que fizeram de tudo pelo Sport Club Corinthians Paulista.
Do fundo do coração, desejo que nosso gigante continue encarnando o espírito de nosso manto. Que continue fechando o gol. Que continue sendo um torcedor que defende o clube com unhas e dentes.
Obrigado, Cássio!
E VAI, CORINTHIANS!!!
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