por Marcos Vinicius Cabral
Diego chegou ao Flamengo em 2016, após a vergonhosa eliminação para o Fortaleza na segunda fase da Copa do Brasil.
Com status de craque e não como bom jogador que era, caiu nas graças da torcida.
Boa pinta, virou “sex symbol” entre as torcedoras que se aglomeravam nas arquibancadas dos treinos para vê-lo.
Acostumado a vestir a 10, o meia não pôde vesti-la quando chegou por já pertencer a Éderson e preferiu a 35 – em alusão às idades de Matteo e Davi, seus filhos – que foi um sucesso de vendas.
Dois dias após o anúncio da contratação, assinatura de contrato e apresentação, a foto do jogador já com o Manto teve mais de 100 mil acessos, ficando nos “Trending Topics” do Twitter – que são os assuntos mais comentados na rede social em todo o mundo – durante todo o dia.
Passou a vestir, então, a 10 de Zico, Deus Rubro-Negro, e segundo o portal Globoesporte, o seu número é a segunda camisa mais vendida, perdendo atualmente apenas para a 9 do atacante Gabriel, o Gabigol.
Diego – que entrou para a história do futebol apenas com o primeiro nome, mas hoje carrega o Ribas no sobrenome – foi Campeão Brasileiro de 2002, aos 16 anos, ao lado de Robinho.
Capitão e camisa 10, virou símbolo de um Flamengo claudicante.
Tirando o estadual, obrigação pela grandeza do Flamengo, o meia teve exibições decepcionantes em momentos decisivos do Brasileirão, Libertadores, mas principalmente na Copa do Brasi, onde ficou marcado.
Em 2017, desperdiçou a sua cobrança na final perdida para o Cruzeiro, esteve apagado na derrota da semifinal para o Corinthians no ano passado e, nesta quarta-feira, 17, escreveu o seu pior capítulo no livro dessa (sabe-se lá quando?) passagem pelo Rubro-Negro contra o Athletico-PR, nas quartas de final.
Foi um pênalti.
Mas não um pênalti qualquer, cobrado com força ou colocado, bem ou mal batido, mas displicente, tão sem vontade, que significou falta de respeito às cores do clube, à camisa, à história, aos companheiros de time, e à torcida, personificada em quase 70 mil no Maracanã e os milhões à frente da TV.
Um pedido de desculpas por parte do jogador seria o mínimo, não porque atenuaria a culpabilidade única e exclusivamente sua (Vitinho e Éverton perderam também suas cobranças), mas a Nação, que sustenta tudo isso, merece uma satisfação.
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