LEMBRANÇAS DE VAVÁ
entrevista: Sergio Pugliese | texto: André Mendonça | fotos e vídeo: Daniel Planel
Ir em busca da poesia perdida do futebol é a nossa principal missão, mas nem sempre aqueles que fizeram arte com a bola nos pés permanecem entre nós. Por isso, sempre damos um jeito de homenageá-los, seja através de reprodução de vídeos, depoimentos de familiares ou encontros com amigos.
Vavá, em hipótese alguma, poderia ficar de fora do seleto grupo de craques que já passaram pelo Museu. Bicampeão mundial pela Seleção, marcando gol nas duas finais, o artilheiro foi reverenciado com uma resenha de primeira no Zeca Bar F.C, em Ipanema, onde reunimos craques como Carlos Roberto, Moreira, Nilson Dias, Gaúcho, o goleiro Nielsen e Vavá Filho, o herdeiro da lenda.
– Ele era aquele jogador impetuoso. Tinha técnica, mas deixava a técnica de lado e ia para o corpo a corpo. Os zagueiros respeitavam demais! – lembrou Carlos Roberto.
Centroavante de respeito, o artilheiro Nilson Dias revelou toda a sua admiração pelo saudoso craque:
– Vavá foi uma referência para todos que jogaram nessa posição. Eu tenho a felicidade de ser muito amigo do filho dele.
Apesar de não ter visto o pai jogar, Vavá Filho tem o privilégio de ouvir as histórias contadas pelos amigos do artilheiro e volta e meia assiste a alguns vídeos na internet.
– É uma pena que tenha poucas imagens! – lamentou.
Antes de construir sua história na Seleção, no entanto, o Peito de Aço fez chover com a camisa do Vasco da Gama entre 52 e 58, para a tristeza dos rivais.
Durante a resenha, Carlos Roberto reforçou a idolatria dos brasileiros por Vavá ao relembrar a transferência do bicampeão mundial para o Atlético de Madrid.
– Era impressionante o número de brasileiros que passaram a simpatizar com o clube espanhol!
Quando já estávamos pedindo a conta, Gaúcho fechou o encontro com chave de ouro, contando histórias divertidíssimas de Gentil Cardoso, folclórico treinador brasileiro.
Assistam ao vídeo e sintam o clima desse encontro inesquecível!